Eu tenho a mania absurda de nunca desistir, isso se aplica a tudo na minha vida, principalmente quando é alguma coisa que eu desejo com todas as forças. As opções mudam, a estrada também, o ritmo fica mais difícil, mais fácil, o objetivo é sempre o mesmo, não importa o tempo.

15 desejos pessoais antes dos 16

De acordo com as minhas contas, faltam exatamente 176 dias para os temidos 16 anos. Como eu não mando no tempo, decidi fazer a minha lista de coisas que quero realizar antes de completar 16. La vai:

Desejo Número Um : Publicar meu livro.

Sim leitores, eu escrevi um livro *-*. É um romance que inclui de tudo, paixão, segredos, suspense e um mistério que vai deixar muita gente de queixo caído, sem falar no final inesperado. Como ele ainda não está registrado, não posso contar detalhes, mas assim que ele estiver no cartório prometo detalhar e deixar todo mundo curioso para ler (:

Desejo Número Dois : Gravar o clipe que prometi para minha irmã mais nova há seis meses atrás. Esse aí não é bem um desejo, é um dever. Eu acho que com dezesseis anos, já estamos bem grandinhas para gravar clipes e criar paródias ¬¬

Desejo Número Três : Terminar de ler Eclipse. Eu havia parado por causa da correria na escola, testes, provas e trabalhos. Mas eu pretendo terminar de ler o best-seller antes que eu assista o filme, o que não vai demorar muito. Além disso eu estou muito curiosa para ler Amanhecer, entre eu e as minhas amigas, sou a única que ainda não leu a saga toda. Sem falar que eu também interrompi Eclipse para ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis que me perdoe, Eclipse é bem melhor ... Eu sei, meu nível de cultura está muito baixo.

Desejo Número Quatro : Passar na segunda fase da Olimpíada Nacional de Geografia. Consegui passar na primeira fase com a segunda maior nota da escola, foi muito bom, mas eu ainda quero passar na fase regional e fazer a cobertura completa para vocês sobre o que se passa na terceira fase em São Paulo. E como vou fazer dezesseis anos não posso participar ano que vem.

Desejo Número Cinco : Assinar a Revista National Geographic Brasil. O que vai ajudar no desejo número quatro.

Desejo Número Seis : Assinar qualquer revista feminina e parar de gastar tempo indo ao shopping. O que vai em contraditória com o desejo número cinco.

Desejo Número Sete : VER O BRASIL HEXA CAMPEÃO *-*

Desejo Número Oito : Ver a ALEMANHA ♥ derrotar a Argentina :D, Se a Alemanha perder que seja para o Brasil.

Desejo Número Nove : Estar certa das próximas vezes que teimar com meu namorado sobre algum assunto idiota, como por exemplo a verdadeira cor do céu ou a pigmentação dos olhos dele.

Desejo Número Dez : Ser voluntária em alguma coisa. Acho que me desenvolveria espiritualmente.

Desejo Número Onze : Falar menos. Antes que machuque outra amiga minha. O que inclui nunca mais participar de qualquer coisa que inclua a estadia de alguém em alguma escola, não que a minha palavra interfira tanto assim na decisão dos diretores e professores. Tá, interfere sim, infelizmente.

Desejo Número Doze : Fazer as pazes com Mayara. Minha melhor amiga durante todo o ano de 2008. Espero que um dia ela entenda que o que eu fiz, ou o que queria fazer pelo menos foi para o bem dela. Acabei piorando quando tentei melhorar.

Desejo Número Treze : Ignorar completamente qualquer coisa absurda que falem a respeito da Beyoncé. Isso me faz chorar. Não que eu chore por motivos bobos, é que eu me inspiro nela.

Desejo Número Catorze : Contribuir financeiramente para o Greenpeace. Eu colocaria 'Salvar o Planeta', o que sem mentira nenhuma, é um dos desejos mais fortes do meu coração. É triste ter a concepção de que o Ser Humano destrói a si próprio todos os dias. Sem falar no mundo que eu imagino para meus filhos e netos, o que não inclui poluição, nem extinção de espécies.

Desejo Número Quinze : Nunca mais ficar triste quando alguém me disser que eu sou boba por sonhar alto. Claro que um dia vou fazer tudo o que eu coloquei na lista e ainda realizar muitos e muitos desejos por toda a minha vida. Como eu disse, o tempo não me impede de correr atrás do que eu quero, mesmo que passem os quinze, os dezesseis, os dezessete, os dezoito ... os oitenta. E esses desejos incluem até os mais loucos como comer macarrão com queijo na esquina do Brooklyn com Michael Ballack, que por acaso, é alemão.

Uma pequena reflexão sobre o tempo e a tristeza

Invernos

Impérios
Mistérios
Lembranças
Cobranças
Vinganças

Assim como a dor
Que fere o peito
Isso vai passar
Também

E todo o medo, o desespero
E a alegria
E a tempestade, a falsidade
A calmaria
E os teus espinhos
E o frio que eu sinto
Isso vai passar
Também

Saudades
Vaidades
Verdades
Coragem
Miragens

E a imagem no espelho
Como a dor
Que fere o peito
Isso vai passar
Também

E todo o medo, o desespero
E a alegria
E a tempestade, a falsidade
A calmaria
E os teus espinhos
E o frio que eu sinto
Isso vai passar
Também


( Tempo - Sandy Leah )



Quem não passa por situações difíceis, complicadas, onde a gente pensa que tudo acabou, nada tem solução? As resoluções parecem fugir e nada parece que vai dar certo? Lembra daquele dia em que tudo estava bem, você sorria e ria à toa? Bem, ele passou... Então os dias tristes e os momentos de solidão passarão também.

♥

Certa vez ouvi alguém dizer pra mim,

que quando o amor é de verdade, não tem fim ♥

O mundo feminino é uma guerra constante. Quem é mulher sabe.

Estamos sempre querendo pisar na fêmea alheia, parecer mais bonita, mais inteligente, mais interessante quando no fundo somos todas iguais.

Eu participei de um concurso de beleza a cerca de um mês atrás no máximo. Detalhe: O concurso foi tão importante pra mim que eu nem decorei a data. Na verdade eu nem iria participar, fiz a inscrição de última hora por um acaso e porque minha irmã mais velha ficou empolgada em me fazer desfilar na frente de centenas de pessoas. Enfim, eu estava lá, pronta, nervosa, na fila de um bairro que nem era meu e mais algumas mentiras que nós inventamos.

O que me impressionou foi a forma como as outras garotas olhavam umas para as outras, da ponta do pé até o último fio de cabelo.

- Oi, como é teu nome?

Me perguntou uma menina da minha fila. Ela era linda. Negra, alta, magra. Respondi, educada:

- Natali, e o seu?

Ela me disse seu nome e logo fizemos, não amizade, mas uma espécie de coleguismo, porque passamos cerca de duas horas naquela fila.

- Essa fila é a que tem menos concorrência...

Me dizia ela. Bem simpática, mas um tanto egoísta e convencida. Em menos de uma hora eu já sabia a vida dela de cor, quantos meninos já haviam pedido pra ficar com ela, quantas pessoas já disseram o quanto ela era linda, o quanto o céu era azul, etc.

A maneira como ela olhava para as outras garotas era de desprezo. E essa forma de olhar me fez fazer uma seguinte reflexão:

Quando se trata de concorrência, garotas não são só garotas, são monstros, animais irracionais. A desgraça alheia sempre parece interessante e divertido. É uma forma de autoaceitação, ou seja, como nunca estamos satisfeitas com a aparência ou com nós mesmas, isso inclui talentos e dons, procuramos sempre amenizar os dotes das outras meninas. Esse processo é rápido e natural, apesar de não ser nada legal. Ele começa quando nossa visão superior reconhece em outra garota dons físicos e psicológicos que gostaríamos de ter, em seguida olhamos para nós mesmos e por mais que sejamos lindas, inteligentes, divertidas, os dotes parecem sumir como mágica, o que faz a outra parecer sempre melhor. É uma afirmação falsa e idiota.

Enquanto estávamos na fila, uma garota veio cumprimentar os amigos dizendo alegre que tinha passado para a segunda fase do concurso. Não sou melhor espiritualmente do que ninguém, mas por pensar diferente, minha resposta a alegria dela foi um sorriso. A da minha colega ao lado foi a seguinte:

- Se essa aí passou, todo mundo aqui passa.

Será possível que aquilo seria mesmo tão importante assim? A nota dos jurados diria que não somos boas o suficientes? Mediria nossa capacidade?

Eu mesmo, não nasci para ser top model, não passei. Mas saí sorrindo feliz pela participação e fui comer pizza. Ao contrário de outras que quase morreram de chorar, por se deixar convencer de que realmente não eram boas o suficiente.

Não havia uma menina lá que não estivesse bem vestida e maquiada por mais simples que estivesse. Aposto que cada uma de nós havia levado horas para se arrumar. Fizemos poses, caras, bocas no espelho... Sonhamos acordada, voamos alto, desfilamos bem, retocamos, fizemos ajustes, sentimos TODAS o mesmo frio na barriga, tínhamos TODAS a mesma vontade de passar.

Somos TODAS, boas o suficiente para cada uma de nós. Cada uma com seu talento, com suas vontades, seus costumes, sua cor, sua cultura. Somos todas garotas e estamos todas interligadas por milhões de coisas, situações e gestos em comum. Somos todas iguais, queremos as mesmas coisas. E se cada uma de nós nos aceitarmos como realmente somos, sem deixar com que limitem nossa capacidade, iremos TODAS muito longe.

Maria Natali Gomes dos Santos dedica este texto a todas as meninas que participaram do concurso Estrela Do Meu Bairro e a outros tantos por aí :)

Nesse quarto escuro
Existe um menino assustado
Ele é sozinho e teme que o mundo encontre o seu cantinho
Me entrega ele pra cuidar
Eu sei guardar segredo, eu sei amar
Não conto pra ninguém
que esse menino é alguém
de barba e gravata
E que esse quarto escuro
É sua alma (♪)

( Sandy Leah - Esconderijo )